O abandono

Abandono é uma palavra muito triste. Representa um acto vil e vergonhoso, praticado por pessoas que se pretendem civilizadas. Os velhos são abandonados, os animais são abandonados e nem as plantinhas escapam a este triste destino. Quando o abandono acontece e ninguém faz nada, mais cedo ou mais tarde o que foi abandonado acaba por morrer. Por isso é gratificante seguir blogues que mostram preocupação pelas vitimas do abandono, neste caso plantas que foram consideradas belas, mas já não são. Também já fiz algumas recolhas no lixo e uma delas acabou de me dar um belo presente. Aconteceu há quase um ano perto da minha casa. A pobre plantinha foi atirada para um monte de ramos e ervas secas, era quase só raízes murchas e duas folhitas em mau estado. Trouxe-a para casa, limpei as raízes e plantei-a num vaso com terra adequada. Ficou num recanto resguardado do jardim, desenvolveu-se e agradeceu-me desta maneira.

Já que o tema é abandono vou dar noticias da Diana. Agradeço as duas sugestões, qualquer uma ficaria muito bem, mas Milu faz-me lembrar a ministra e por isso fica Diana. Muitos ron-rons para a madrinha.
A Diana já foi esterilizada, recuperou muito bem e como se pode ver é uma beleza. Para mim fica a satisfação de partilharmos os mesmo espaço e usufruir da sua companhia.

Finalmente voltou a internet

Foi um longo silêncio, mas involuntário. Muitas coisas se passaram com o jardim e com os gatos, pois entretanto a população aumentou. Passou o tempo de aconchegar os bolbos na terra e esperar que eles acordem e encantem com perfumes, formas e cores. No escuro, dentro de copos de vidro, ainda estão os jacintos; no jardim florescem amores perfeitos e as orquídeas também dão um ar da sua graça. É um trabalho diário, feito de mãos cheias de terra e contentamento. Os gatos, sobretudo a Duffy, adoram aquele espaço e são uma companhia permanente. A população felina também aumentou com mais uma menina. Esteve abandonada durante dias perto de uma pastelaria, ninguém fez nada. Isto é, alguém deu um violento pontapé na pobrezinha e o meu filhote viu. Ficou indignado, disse das boas ao agressor e trouxe a menina para casa. É muito meiga e bonita e ainda não tem nome. Aceitam-se sugestões.